#46
quando tens duas casas e te deixas perder em ruas que não sabes se conheces. quando tens amigos mas não sabes se os conheces. quando não sabes nada, porque é mais divertido do que conhecer tudo.
é isso: os chavões, os nadas e os tudos, os amigos, o que conheces e não percebes. no final, não valem de nada.
é isso: os chavões, os nadas e os tudos, os amigos, o que conheces e não percebes. no final, não valem de nada.
#45 ou roubar palavras às 8 da manhã num domingo
Não sabes o que perdeste. Nem eu.
E se fosse ao contrário? Sim, se trocássemos, se fosse eu quem se impacientasse com o teu modo de ver o mundo, se fosse eu quem não entendesse os teus silêncios, se fosse eu quem desdenhasse os teus livros, se fosse eu quem mudasse de estação para que não escutasses a tua música?
Ainda aí estarias?
#43
deixei bem claro que sou fraca. letras grandes e gordas, sem réstia de dúvida: fiquei nua e despida até à camada de pele mais asquerosa e sensível que todos os dias transporto. já não dá para fingir ou dissimular, para fingir que os outros não percebem: aqui me tens, Sofia, a fraca, como sempre-hoje fui.
mas não penses que sabes tudo.
sou fraca agora porque percebi. foi do estilo eureka, sabes? sempre soube, mas nunca tinha sentido - e sentir faz toda a diferença. sentires que sabes pode fazer-te sentir poderoso, mas invariavelmente obriga-te a cair, saltas do precipício e deixas tudo para trás, esqueleto e armadura incluídos. fiquei eu, fraca, porque olhei para ti, para a tua família, para a tua nova vida e percebi. senti: somos iguais, mas agora já sei o que não posso fazer, faço um esforço diário para aprender com o teu erro. esse grande erro que cresce com o tempo, que se torna incorrigível, que agora percebo. era inevitável. sou igual a ti e também não aguentaria.
mas não sou pessoa para deitar
areia para os olhos.
mas não penses que sabes tudo.
sou fraca agora porque percebi. foi do estilo eureka, sabes? sempre soube, mas nunca tinha sentido - e sentir faz toda a diferença. sentires que sabes pode fazer-te sentir poderoso, mas invariavelmente obriga-te a cair, saltas do precipício e deixas tudo para trás, esqueleto e armadura incluídos. fiquei eu, fraca, porque olhei para ti, para a tua família, para a tua nova vida e percebi. senti: somos iguais, mas agora já sei o que não posso fazer, faço um esforço diário para aprender com o teu erro. esse grande erro que cresce com o tempo, que se torna incorrigível, que agora percebo. era inevitável. sou igual a ti e também não aguentaria.
mas não sou pessoa para deitar
areia para os olhos.
#42 ou sabedoria de sertanejo
traição é traição,
romance é romance,
amor é amor
e um lance é um lance
romance é romance,
amor é amor
e um lance é um lance
#41
Coisas que eu aprendi sozinho
Que a melhor maneira de curvar no esqui é colocar todo o peso no dedo grande do pé, que as más raparigas não vão para todo o lado coisa nenhuma, que o problema é o terceiro gin, que hay que tener mano izquierda, que nunca se deve ser assertivo quando elas nos perguntam se o vestido lhes assenta bem, que sin prisa pero sin pausa, que os melhores vinhos são sempre os mais caros, que o essencial é exactamente o que é visível para os olhos, que não é necessária toda a pasta dentífrica que os anúncios colocam em cima da escova, que não há segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão.
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