tenho um coração de dimensão reduzida. tão pequeno que só tem espaço para mim, que de repente fico gorda, ocupo o espaço dos outros e me deixo ficar. engoli tudo e não deixei nada, fiquei esfomeada e engasguei-me com culpas do meu coração: peço desculpa, mas o lugares já estão todos ocupados. graças a deus que não entraram bebés nem bandidos de palmas sempre prontas, os bilhetes esgotaram em segundos e eu escondi-os todos, um a um ou pessoa a pessoa, troquei-os por supostas pessoas, amigos de madeira, almas de lata.
perdi a minha. perdi a lata e deixei de fingir que o meu coração é espaçoso. esqueçam, eu é que sou demasiado espaçosa, este espaço é meu e qualquer semelhança comigo é pura ficção espacial.
no fundo, é tudo uma questão de arquitetura, infraestruturas que me suportem e canalizem, um prédio prestes a ruir.
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