animal


hoje quero que nada faça sentido.
quero querer e poder, não tentar.
poder dizer frases aleatórias, com sentido, as verdadeiras frases. hoje deixo de lado o que pensei que era melhor dizer ou pensar ou fazer, e deixar-me levar. perder o rumo nos sonhos, numa mesa posta para jantar, numa folha de papel ainda virgem, esquecer que vão existir sempre obrigações e preocupações e exigências e expectativas. esquecer-me que, nos útimos 17 anos, fui alguém e ser completamente diferente, correr. de verdade.

esquece, talvez seja melhor ficar para outro dia.

p.s.:
oh yeah

i'll try anything once

vamos escrever em folhas sem fim, deixar parágrafos incontáveis por escrever.
as nossas mãos, impuras e sujas do caminho suplicante que percorremos arrastados pelo chão, não são dignas de linhas tão rectas e correctas. deixá-las-emos para os maiores. para os que se deixam ficar por simples peças de papel e já se esqueceram do que os espera, lá fora.
mesmo que, no fim de quase tudo, a folha seja colocada (ainda que com todas as mordomias) num lindo caixote do lixo.

nós vamos saltar, de rompante, para o entulho mais feio, usado e assustador, assim, sem mais nem menos. vamos sujar-nos.





















de volta aos clichés, inevitavelmente.
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