hold on


© Reuters/Stephane Mahe (pormenor)
frança outubro 2010

heart skipped a beat


o meu objectivo? escrever-te o texto mais bonito de sempre, ler-te as palavras que traduzem os gestos de todos os dias, deixar-to para nunca te esqueceres de ser. Sê.
o texto mais bonito de sempre provavelmente deixar-te-ia lágrimas a correr pelos traços do tempo, nessa tua mania de traduzir tudo para coisas de gente. mas eu não quero choros - o meu texto mais bonito de sempre para ti corre por campos sem fim, acariciado pela beleza do nú. podes ler estas palavras que constroem novos caminhos, se libertam das sociedades e cidades de grandes prédios, do tempo que foge, e se dedicam a ti. sê. procura aqui as tuas novas razões, a tua nova casa, a tua nova forma de ver. não esqueças nada mas deixa que tudo te relembre de como nada deve acontecer, desfaz-te em bocados de papel e escreve mais frases, novas frases, novas gentes. afasta-te e volta para onde pertences, cada vez mais forte.
parabéns mãe

foreground


passas à minha porta e nem sequer precisas de tocar à campainha. entro no carro, ligas a ignição, o chaço velho mostra-se vergonhoso. a estrada faz-se a ti e a velocidade é indiferente, a música que toca agora entre nós é muito mais importante. a disucussão tornou-se ensurdecedora e demasiado frequente - os ritmos e as palavras perderam o controlo e nós perdemos a cabeça.
sabes o caminho para o apartamento mal arrendado, fechas as janelas porque as vozes da rua fazem-me espancar-te, desligas o rádio. agora quem se faz ouvir és tu.
tu sais,resolvemo-nos.

algures no ano de 2009

brainstorm


tens o cheiro daquela terra que arde, explode e tenta o mundo à invasão. inundas-me com os restos da tua origem, com o que ainda me diz quem tu és, o que queres, como vives, expulsas-me deste lugar e obrigas-me a viajar com destino decidido por ti. criaste o grande problema: fizeste-me ir, largar tudo por um sítio que já conheço e não vale a pena, que não nos vale. a promessa das tuas praias desertas e virgens florestas foi quebrada logo á partida, o desespero dos rituais perdeu-se e encontrou-se em mim.
procurar o não-destino é impossível com a tua mão na minha garganta e os pés presos às árvores lendárias, presas à Terra, presa a nós.

soft rock star


afinal ainda existem dias de sorte.
A minha foto
Lisboa | Amesterdão

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