Que a tua presença é inquietante, perturbante, que os teus minutos são efémeros, que querer-te é asfixiante. Não existem palavras, roubaste-mas, descaradamente, sem autorização. Torna-se utópico querer dizer-te que te quero, inesperadamente. Que as tuas mãos são ásperas como eu nunca senti, que a tua voz me incomoda. Que o que sentes não percebes, que é irracional, digno de um cão.
Digo-te isto tudo, de um trago apenas.
Mas decido ficar calada.