deito-me na cama, o peito carregado pelo colchão velho e nú, os lençóis que faltam e abandonam uma alma adormecida. sinto o meu batimento cardíaco, o corpo lateja ao ritmo do pulsar da máquina vital, essa que se pensava ter morrido. durante tempos infinitos vivi insensível, sob efeito de uma anestesia que me forçaram a encarar - durante tempos incontáveis o meu coração esteve parado, ligado a alguém que trabalhava por ele.
é noite, sem estrelas no céu ou lua que se veja, e o insolente órgão decidiu voltar a existir, substituir a força do meu cérebro, acordar-me para a vida.
grow up and blow away
carrega-a de nervos e expectativas, noites mal dormidas e sonhos fantásticos.
fá-la parecer inalcançável, um fim impossível de uma espera infinita. um finalmente que tarda em que chegar.
heavy cross
as leis da selva foram lançadas pelo adversário. o jogo do instinto continua deste lado e animais furibundos esperam uns fracos espécimens. este território pertence-nos: regras, cérebro e limites (sensatos, dispostos a ser quebrados, humanos). aqui não entram hipopótamos que pensam ser sensuais felinos e tão-pouco abutres desesperados, o zoo (sobre)vive e o focinho também serve para pensar.
cão que ladra afinal morde.
- e aqui não se suportam manadas imbecis
cão que ladra afinal morde.
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